Crise Brasil-EUA e a Transição Energética: Impactos, Riscos e Caminhos Possíveis

Como a crise geopolítica entre EUA e Brasil afetam a transição energética

Patrick Alex

8/5/20251 min ler

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Crise Brasil-EUA e a Transição Energética: Impactos, Riscos e Caminhos Possíveis
Por Patrick Lima Alex

A transição energética depende inteiramente de cooperação internacional, investimentos consistentes e estabilidade geopolítica. Nesse cenário, a recente crise política entre Brasil e EUA, marcada pela imposição de tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros e tensões diplomáticas, impõe obstáculos reais à evolução dessa agenda.

Em novembro de 2024, Brasil e EUA assinaram um acordo bilateral para impulsionar tecnologias de energia limpa, como hidrogênio verde, biocombustíveis avançados e geração de energia solar e eólica. O pacto previa investimentos, transferências de tecnologia e cooperação científica, criando uma forte ligação entre a inovação norte-americana e a industrialização verde brasileira.

Com a tensão nas relações diplomáticas entre Brasil e EUA, esse acordo corre o risco de esvaziamento. A crise pode congelar iniciativas comuns, limitar o fluxo de recursos e atrasar projetos estratégicos.

As consequências macroeconômicas negativas incluem impacto direto na transição energética, aumento de tarifas, dólar supervalorizado, o que encarece as importações tecnológicas, e juros altos, que dificultam o financiamento de projetos verdes. A soma desses fatores afeta diretamente a capacidade do Brasil de sustentar sua transição energética de forma contínua e competitiva.

O Brasil se vê diante do dilema: como manter seu protagonismo na transição energética em um ambiente internacional hostil e incerto?

A crise entre Brasil e Estados Unidos representa mais do que uma disputa comercial: é um teste para a resiliência da nossa política energética e para a capacidade do país de liderar o século XXI com base na sustentabilidade. Mais do que nunca, precisamos de uma estratégia nacional robusta, que valorize a produção interna, incentive a pesquisa aplicada e garanta previsibilidade regulatória.

O Brasil tem os recursos naturais, a matriz energética limpa e o capital humano necessários para ser uma referência global, desde que saiba transformar a crise em oportunidade.